Dentre as tantas ações importantes para a conservação da biodiversidade, o monitoramento de animais que vivem próximos de estradas e a busca pela prevenção de acidentes nas rodovias é fundamental. Num país gigantesco cortado por rotas de asfalto, é evidente a atenção para essa relação entre carros, ônibus, caminhões e a fauna.
E como diminuir o número de colisões e atropelamentos? Cercas, áreas específicas para travessias dos animais e sinalização para que os motoristas possam reduzir a velocidade são algumas das medidas possíveis para minimizar o risco. Ainda assim, a incidência é grande.
O Projeto Bandeiras e Rodovias somou em 26 meses de monitoramento de três rodovias no Mato Grosso do Sul um total de 520 tamanduás-bandeiras mortos por atropelamento.
O tamanduá-bandeira é a espécie ameaçada de extinção mais atropelada no Mato Grosso do Sul e a terceira mais atingida no total. O projeto instalou um colar com GPS em 45 tamanduás para coletar dados sobre o padrão de movimentação e as interações. Ainda assim, infelizmente, no último mês de abril um deles, monitorado desde agosto do ano passado, acabou morrendo atropelado num trecho da BR 262, área em que ele sempre atravessava.
A grande mobilização no assunto é pelo investimento de ações que diminuam esses acidentes, como a instalação das já citadas cercas ou a construção de passagens de fauna, de metal ou de concreto. Mais um capítulo dessa relação entre os animais e os seres humanos, buscando a direção de uma relação possível, saudável, e que garanta a conservação da nossa incrível biodiversidade.