O Pantanal mato-grossense, maior planície alagada do planeta, foi reconhecido como Reserva da Biosfera Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) em 2000. O título permite mais ações governamentais de desenvolvimento sustentável e conservação das riquezas ambientais.
O QUE É A RESERVA DA BIOSFERA?
Reserva da Biosfera é um instrumento de conservação que favorece a descoberta de soluções para problemas como o desmatamento das florestas tropicais, a desertificação, a poluição atmosférica, o efeito estufa, entre outros. A Reserva potencializa o uso sustentável dos recursos naturais nas áreas assim protegidas e tem por objetivo promover o conhecimento, a prática e os valores humanos para implementar as relações entre as populações e o meio ambiente em todo o planeta.
Cada Reserva da Biosfera é uma coleção representativa dos ecossistemas característicos da região onde se estabelece. Terrestre ou marinha, busca otimizar a convivência homem-natureza em projetos que se norteiam pela preservação dos ambientes significativos, pela convivência com áreas que lhe são vizinhas, pelo uso sustentável de seus recursos.
QUAIS SÃO OS PLANOS PARA 2020?
No último mês de dezembro, foi apresentado o Plano de Ação da Reserva da Biosfera do Pantanal 2020 – 2023, em Cuiabá, para membros do Comitê Estadual da Reserva da Biosfera de Mato Grosso. As ações, que visam o desenvolvimento sustentável da região, integram políticas públicas e programas especiais, estimulam pesquisas e estratégias sustentáveis econômicas, além de debater temáticas inclusivas.
O objetivo do plano de ação é contribuir para a conservação de paisagens, ecossistemas e espécies; fomentar o desenvolvimento econômico e humano que seja sociocultural e ecologicamente sustentado; apoiar projetos demonstrativos, educação ambiental, capacitação, pesquisa e monitoramento relacionados com os temas locais, regionais, nacionais e globais da conservação e do desenvolvimento sustentável.
O QUE MUDOU DO ÚLTIMO PLANO DE AÇÃO?
O superintendente de Mudanças Climáticas e Biodiversidade, Elton Silveira, afirmou que a principal diferença do segundo para o primeiro Plano de Ação é a articulação de ações mais efetivas.
“Com o funcionamento dos estaduais, a ideia é que a gente comece a implantar ações mais concretas para consolidar a reserva da biosfera como área de gestão para conservação”.
O PAPEL DO SOS PANTANAL
Como organização atuante na conservação do bioma, nós temos um papel fundamental para a concretização do Plano de Ação. Fazemos um trabalho de advocacy, ou seja, lutamos diariamente para conseguir políticas públicas mais efetivas no que diz respeito à proteção da flora e fauna local. Nesse sentido, nosso maior foco é a construção da Lei do Pantanal.
Além do mais, vamos à campo com iniciativas como a Expedição Pantanal, visando mapear e valorizar os projetos de conservação e ecoturismo presentes na região.