Na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), pesquisadores iniciam estudos pioneiros protagonizados por um fruto bastante comum no Pantanal: o Tucum! De acordo com as pesquisas, o alimento pode auxiliar no combate de doenças como o câncer, a diabetes e deficiências cardiovasculares.
O projeto vem sendo coordenado pela nutricionista e doutora em Ciências da Cirurgia, Elisvânia Freitas dos Santos, que conta com o apoio da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect). Segundo ela, “comprovando a não toxicidade do Tucum, o próximo passo é analisar se os compostos deste fruto, introduzidos na alimentação, podem ser benéficos no combate ou até mesmo no tratamento de doenças graves como o câncer”.
SOBRE O TUCUM
Bastante presente na beira de rios pantaneiros, o Tucum é uma palmeira com caules múltiplos e folhas, ambos repletos de espinhos. A palavra Tucum (ou Ticum) deriva do idioma tupi e significa “agulha para costura”. A espécie recebe esse nome pois os índios brasileiros utilizavam seus espinhos para costurar.
No Brasil, temos mais de uma espécie de palmeira conhecida como Tucum. Uma delas é a Astrocaryum vulgare, que possui coloração mais alaranjada em seu exterior. A outra é a Bactris setosa, cujos frutos possuem casca escura. As cascas e polpas apresentam grande quantidade de compostos bioativos que podem auxiliar no combate de doenças.
A polpa da fruta é rica em óleo, comumente utilizado na fabricação de cosméticos e sabão. Possui quantidades significativas de vitamina A, algumas vitaminas do complexo B e vitamina C; potássio, cálcio, fibras e proteínas. As cascas ainda são aproveitadas para fazer a defumação de borracha.
Mesmo obtendo propriedades bastante nutritivas, ainda não há registros de pesquisas sobre suas atividades farmacológicas. E, foi justamente isso que chamou a atenção dos estudiosos.
TIME DE PESQUISADORES
A equipe que está desenvolvendo os estudos é composta pelos profissionais: Professor Dr. Rodrigo Juliano Oliveira do Centro de Estudos em Células-tronco, Terapia Celular e Genética Toxicológica (CeTroGen); a aluna de pós-graduação Luane Aparecida do Amaral, além de alunos de iniciação científica, graduandos, doutorandos e técnicos. Juntos, os pesquisadores buscam testar e comprovar a eficiência deste fruto típico pantaneiro no combate e/ou tratamento de doenças graves.
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